Site Cerratinga apresenta a biodiversidade dos biomas e o uso tradicional relacionado. Traz também dicas culinárias e onde conseguir produtos da sociobiodiversidade.

Já está no ar o portal Cerratinga, iniciativa do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), em parceira com organizações da Caatinga e do Cerrado. O site funciona como fonte de informações para os consumidores conhecerem os produtos nativos, contribuindo para a inserção nos mercados locais, regionais e nacionais, para a melhoria de qualidade de vida das comunidades e para a conservação dos biomas.

Entre os diversos produtos, que são coletados e processados por populações agroextrativistas, o portal aborda 25 espécies de plantas do Cerrado e da Caatinga, além de informações sobre mel de abelhas nativas.

O layout moderno do Cerratinga busca proporcionar ao usuário uma navegação amigável e intuitiva, de modo a permitir que a informação desejada seja facilmente encontrada em poucos cliques. Na seção de “receitas” o internauta pode conferir dicas de como elaborar pratos típicos e sofisticados a partir de ingredientes do Cerrado e da Caatinga. Já no menu de “populações” pode-se encontrar informações sobre o contexto geográfico e cultural das comunidades que conservam e coletam os frutos. O Cerratinga indica também os contatos dos produtores e redes de comercialização para que os produtos possam ser adquiridos diretamente da fonte.

O produtor rural e presidente da Cooperativa Sertão Veredas, de Chapada Gaúcha, MG, José Correia Quintal, o “Seu Zezo”, está bastante entusiasmado com a iniciativa que busca chamar a atenção da sociedade em geral que, muitas vezes, não tem conhecimento de onde adquirir e como usar os produtos. Segundo o comunitário “não só os frutos nativos serão vistos de outra forma, como também os cerca de 90 cooperados organizados para colher, processar e comercializar produtos feitos com os frutos nativos terão o trabalho reconhecido”.

Já o coordenador executivo do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Fábio Vaz, afirma que “a economia extrativista é fundamental não só para a conservação da biodiversidade, como também para a saúde da população que passará a consumir produtos livres de agrotóxicos e com alto valor nutricional agregado”. Outro benefício que ele destaca é que “a junção de dois biomas, que ainda não são reconhecidos como patrimônio nacional, poderá agregar mais força política para a luta em prol de interesses socioambientais comuns”.

O Cerratinga atua como um disseminador de informações e como um ponto de encontro onde os consumidores podem saber mais sobre os produtos e produtores, colaborando com a conservação dos biomas, a proteção de seus povos e a valorização dos meios de vida sustentáveis e da cultura local de diversas comunidades agroextrativistas.

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